Uma galeria de arte de Tóquio sugeriu que os visitantes "roubassem" as obras que quisessem e a exposição durou apenas 10 minutos. Boa parte das obras "roubadas" acabou em sites de leilão.
A “Stealable Art Exhibition” foi pensada como uma “experimentação”, supostamente para transformar a relação entre artistas e o público, segundo Tota Hasegawa, promotora do projeto. E a ideia era simples: os visitantes podiam não só ver as obras expostas, como se apropriar delas – o que noutra situação seria considerado um roubo.
Os promotores da iniciativa acharam que o evento seria bastante confidencial, mas as informações espalharam-se rapidamente pelas redes sociais. Quase 200 pessoas compareceram à abertura do evento, pouco antes da meia-noite da última quinta-feira e os “ladrões” foram tão eficazes que a exposição ficou esvaziada em menos de dez minutos. A intenção era que durasse dez dias.
O afluxo de pessoas foi de tal ordem que a polícia teve que ir ao local, onde os organizadores exclareceram o mal-entendido já que ali roubar era permitido.
A possibilidade de roubar objetos atrai mais público e dá aos visitantes um certo prazer, o de transgressão, explica Minori Murata, artista que expôs carteiras com dinheiro e cartões de crédito.
A sociedade japonesa não tem o costume de desrespeitar as regras e proibições, e a incidência de criminalidade no país é muito baixa – o que tornou a iniciativa ainda mais apelativa.
Fonte: SAPO 24
Liliana Teixeira Lopes