A próxima aventura em banda desenhada de Astérix e Obélix sai em outubro e vem até ao território que é hoje Portugal.

A próxima aventura em banda desenhada de Astérix e Obélix traz estas duas personagens pela primeira vez à Lusitânia, território que é hoje Portugal, e o livro sai a 23 de outubro, revelou a imprensa francesa.

Com uma tiragem prevista de cinco milhões de exemplares, este será o 41º álbum de uma das mais conhecidas e vendidas séries de banda desenhada, originalmente assinadas por René Goscinny e Albert Uderzo, e que atualmente tem continuidade com os autores Fabcaro, nome artístico de Fabrice Caro (argumento), e Didider Conrad (desenho).

Pela primeira vez, a história – passada no tempo dos romanos – vai colocar os dois irredutíveis gauleses na antiga Lusitânia e vai fazer várias referências à História, à cultura e “aos arquétipos” de Portugal, como contou o argumentista Fabcaro citado pela rádio RTL.

Na imprensa francesa foi divulgada uma capa provisória do novo álbum, intitulado “Astérix na Lusitânia”, com a dupla de personagens a pisar uma típica calçada portuguesa.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a editora Asa, do grupo editorial LeYa, revelou que o livro sairá em Portugal também a 23 de outubro, com o título “Astérix na Lusitânia”, e que a história vai incluir uma personagem que já tinha aparecido na BD “O Domínio dos Deuses” (1971).

“Tudo o que posso dizer é que um antigo escravo lusitano com quem nos cruzámos em ‘O Domínio dos Deuses’ virá pedir ajuda aos nossos amigos”, explica o argumentista Fabcaro, citado pelo grupo LeYa, adiantando que para esta nova história queria “um álbum ensolarado, luminoso, num país mediterrânico que remetesse para férias”.

A partir de uma “super reportagem fotográfica do Fabrice Caro” sobre Portugal, o desenhador Didier Conrad quis “homenagear o formidável trabalho dos artesãos” que fazem a calçada portuguesa, uma das referências que vai constar neste livro.

O desenho de calçada portuguesa reproduzido na capa é “de um peixe emblemático do país: o famoso bacalhau”, revelou Didier Conrad, também citado pela Asa.

Em dezembro passado, a editora Éditions Albert René, que detém os direitos da banda desenhada, já tinha anunciado que, no 41º álbum, Astérix e Obélix sairiam da irredutível aldeia gaulesa para uma viagem.

René Goscinny e Albert Uderzo deram a conhecer o universo de Astérix a 29 de outubro de 1959, nas páginas da revista francesa Pilote, e a parceria durou até 1977, ano da morte do argumentista. Uderzo faleceria em 2020.

O primeiro volume, intitulado “Astérix, o gaulês” e que saiu em 1961, apresentava um pequeno gaulês de bigode farfalhudo que tinha como grande amigo Obélix, personagem desajeitada e com uma força desmesurada, que carregava menires e adorava comer javalis.

Ambos são habitantes de uma invencível aldeia que resiste às investidas militares dos romanos, dirigidos por Júlio César, graças a uma secreta poção mágica inventada pelo druida Panoramix.

“Astérix na Lusitânia” será publicado em simultâneo em 19 línguas e dialetos.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes