O anúncio chegou pela artista, numa longa publicação, partilhada através da sua página de Facebook esta quarta-feira, onde explicou o processo criativo que desenvolveu ao longo de quase cinco anos

O oitavo álbum a solo da islandesa, “Vulnicura”, foi editado em 2014. Foi nesse mesmo ano que Björk deu início aos trabalhos experimentais multimédia ao lado de Andrew Thomas Huang, com quem tem colaborado nos últimos anos. De acordo com a multifacetada artista, a ideia desta exploração sempre passou pela realidade virtual, embora o percurso de criação tenha sido marcado pela improvisação, pelo receio do formato como algo efémero. As gravações 360º que se traduziram em várias reinvenções de temas do disco acabaram por resultar na exposição “Björk Digital”, que desde 2016 já viajou por vários continentes do globo, estando neste momento em exibição no Brasil.

Para a realização desta experiência de realidade virtual que inclui sete vídeos e chega, agora, a uma audiência alargada, Björk revelou que contou com o apoio de seis empresas, quatro tipos de software e seis realizadores distintos, tendo igualmente destacado o trabalho de Stephen Malinowski nas animações 3D e de James Merry enquanto co-director de arte visual. 

Björk afirmou que vê a realidade virtual como uma experiência particularmente poderosa pelo isolamento que impõe a quem a frui, e que acredita no seu potencial curativo.


“Vulnicura VR” chegou esta sexta-feira, dia 6 de Setembro, e está disponível para aquisição através da plataforma de videojogos Steam.

João Barros