Destaque de Carlos Cardoso
E de repente o Outono fica mais quente à boleia de um daqueles discos para ouvir cá dentro, a ver o mundo passar lá fora e sonhar com outros horizontes. Chegaram as remisturas de “Suddenly”, o álbum deste ano de Caribou.
É canadiano, tem outra noção de espaço, e isso nota-se na sua música. Essa noção de perspectiva de quem tem muito espaço deixa a sua electrónica respirar, fluir numa cadência natural e plena de harmonia.
Depois das releituras de Morgan Geist, Four Tet e Floating Points do single “Never Come Back” temos as filigranas de electrónica originais, viagens imaginadas por Caribou, reinventadas por gente como Shanti Celeste ou India Jordan — mas as melhores ficam por conta de Kareem Ali e a de Logic1000, alter-ego da australiana Samantha Poulter, agora radicada em Berlim depois de uns tempos em Londres: é já um dos nomes mais requisitados no circuito underground tendo recentemente remisturado Lapsley — e Bonobo já manifestou interesse em colaborar.
“Sunny’s Time”: Caribou, segundo Logic1000.