É um projeto de três associações que foi posto em prática esta semana.
Liliana Teixeira Lopes
Três associações do setor juntaram-se para criar a Casa do Cinema de Coimbra, um espaço que pretende colmatar a falta de resposta de programação alternativa na cidade, ao mesmo tempo que reativa a “histórica” sala das Galerias Avenida.
Este é um projeto do festival de cinema Caminhos, numa coprodução com a Fila K Cineclube e com o CEC – Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra.
A sala de cinema das Galerias Avenida, encerrada há cerca de 12 anos, já tinha sido reativada no final de 2020, durante dois meses, de forma exploratória, com programação do festival Caminhos do Cinema Português.
Segundo, Tiago Santos, diretor do Caminhos, há a garantia de que a Casa do Cinema de Coimbra possa funcionar até ao final do ano nas Galerias Avenida, mas o objetivo é o de que o espaço consiga manter-se para lá de 2021.
E salientou que “este vai ser um espaço de reunião e uma casa funciona sempre com esse dinamismo, em que os vários inquilinos e habitantes se encontram. Também acaba por ser uma casa, porque vai dar teto a várias associações do setor”.
O Fila K vai ficar responsável por programar as terças-feiras, o CEC à quarta-feira e o Caminhos à sexta, estando ainda reservadas as manhãs do terceiro sábado de cada mês para matinés infantis, explicou ainda.
Não é por acaso que a Casa do Cinema de Coimbra não vai ter sessões à segunda-feira (dia habitual de programação de cinema do Teatro Académico de Gil Vicente), salientou Tiago Santos, realçando que estão em “estreito contacto” com esse espaço cultural da cidade para que haja um esforço conjunto “na formação contínua de públicos”.
Os bilhetes terão um custo de três a quatro euros por sessão, sendo ainda possível comprar 10 ingressos por 20 euros e um livre-trânsito mensal de 30 euros.
No arranque deste novo espaço, há um destaque à filmografia do realizador sueco Roy Andersson, cujo filme “Vocês, os Vivos” ‘abriu’ a Casa do Cinema na quarta-feira, uma parceria com o festival Queer Lisboa, e a exibição de filmes como “A Promessa”, de António de Macedo, “Bom Povo Português”, de Rui Simões, “E Agora? Lembra-me”, de Joaquim Pinto, e “A Cidade Viscosa”, de John Huston, entre outros.