Tudo por causa da estratégia da empresa de estrear filmes em simultâneo em sala e na HBO Max.
Liliana Teixeira Lopes
Christopher Nolan pode deixar Warner por causa das estreias de filmes na HBO Max, garante Wall Street Journal.
Após sucessos como a trilogia “O Cavaleiro das Trevas” e “Dunkirk”, o jornal garante que é improvável que realizador apresente o seu próximo projeto ao estúdio que tem sido a sua casa há mais de 18 anos.
A relação entre o estúdio e o cineasta tem quase 20 anos e é uma das mais duradoiras e de maior sucesso em Hollywood, envolvendo “Insomnia”, a trilogia “O Cavaleiro das Trevas”, “O Terceiro Passo”, “Inception – A Origem”, “Interstellar”, “Dunkirk” e “Tenet”, este último o único “blockbuster” de Hollywood lançado nos cinemas no verão de 2020 durante a pandemia.
Mas isto terá mudado após a Warner anunciar que iria lançar todos os seus filmes de 2021 no mesmo dia nos cinemas e na plataforma de streaming HBO Max (para já, só nos EUA, mas que chega à Europa no segundo semestre), repetindo a estratégia de “Mulher-Maravilha 1984” que estreou por alturas do Natal.
Numa breve passagem num artigo sobre como a pandemia e o “streaming” mudaram todas as regras em Hollywood, o Wall Street Journal avança que fontes familiarizadas com o tema dizem que “é improvável que (Christopher Nolan) regresse à Warner com o seu próximo projeto, em parte porque estava desiludido com a estratégia de distribuição híbrida do estúdio para 2021”.
Em dezembro , Nolan foi um dos fortes críticos da decisão da Warner.
“Alguns dos maiores realizadores e estrelas mais importantes foram deitar-se na noite anterior a pensar que estavam a trabalhar para o maior estúdio e acordaram a descobrir que trabalham para o pior serviço de streaming”, disse em comunicado enviado ao The Hollywood Reporter.
Entre as estreias da Warner Bros. previstas para 2021 contam-se a nova versão de “Dune”, que revisita o filme realizado em 1984 por David Lynch e o romance de Frank Herbert, o quarto filme da saga “Matrix”, “Godzilla vs. Kong”, “The Suicide Squad”, que conta com a portuguesa Daniela Melchior no elenco, e a sequela de “Space Jam”, entre outros.
O estúdio garante que este modelo híbrido não será aplicado aos seus filmes a partir de 2022.