Já começou e tem este ano “uma das edições mais politizadas”.
Liliana Teixeira Lopes
O 14º ciclo Hádoc apresenta a Leiria “uma das edições mais politizadas”, anunciou a organização da iniciativa dedicada ao cinema documental, que se realiza desde terça-feira, 1 de abril, e até 24 de junho.
Isso está patente em documentários como “No Other Land”, filme coletivo feito por ativistas e cineastas israelitas e palestinianos, sobre a ocupação de territórios palestinianos por Israel – que conquistou Óscar de Melhor Documentário em Longa-Metragem -, “Os Sonhos de Pepe”, com o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, “Má Fé”, sobre a ascensão do nacionalismo cristão nos Estados Unidos da América, ou em “A Savana e a Montanha”, inspirado na luta do povo de Covas do Barroso contra a exploração do lítio.
Com o subtítulo “Um olhar atento sobre um estranho mundo novo”, o ciclo documental apresenta um conjunto de sete filmes e sete curtas-metragens, sempre às terças-feiras, no Teatro Miguel Franco, em Leiria, em registo de cineclube.
A programação arrancou na passada terça-feira, 1 de abril, com “Blur: To the End”, de Toby L., sobre a banda britânica Blur.
Até 24 de junho, no Teatro Miguel Franco, em Leiria ainda vão passar este mês “No Other Land”, de Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor, e “Do Outro Lado da Linha”, de Lukas Schrank.
Para maio estão agendados “Os Sonhos de Pepe”, de Pablo Trobo, “Blood Rider”, de Jon Kasbe, “Entre as Chuvas”, de Andrew H. Brown e Moses Thuranira, e “Entre Montanhas e Sereias”, de Bo Clausen.
Em junho é a vez de “Má Fé”, de Stephen Ujlaki e Christopher Jones, “Chatos são os Outros”, de Andy Oxley, “A Savana e a Montanha”, de Paulo Carneiro, e “Vagar”, de Frederico Ferreira.
Já na próxima terça-feira, 8 de abril, o Hádoc vai mostrar “Soundtrack to a Coup d’Etat”, de Johan Grimonprez, sobre o impacto das figuras do jazz norte-americano da época, como Nina Simone, Louis Armstrong, Dizzy Gillespie ou Miriam Makeba, no golpe de estado que envolveu o assassinato de Patrice Lumumba, líder da República Democrática do Congo. A sessão completa-se com a curta “Na floresta”, de Corina Ilić e Thomas Horat.