A produtora tem vindo a disponibilizar obras portuguesas na plataforma digital. É uma espécie de videoclube.
Liliana Teixeira Lopes
A produtora O Som e a Fúria está a disponibilizar online alguns dos filmes já produzidos e exibidos em festivais, de nomes como Miguel Gomes, João Nicolau e Lucrecia Martel.
Com as salas de cinema encerradas, por causa das medidas de contenção da covid-19, a produtora anunciou em janeiro que criou um serviço de streaming na plataforma Vimeo, de aluguer pago de filmes já produzidos – um por semana – recuperando “a tradição das estreias” às quintas-feiras.
Na plataforma já se encontram obras como “Tabu”, longa-metragem de Miguel Gomes, premiada no festival de cinema de Berlim, em 2012, e que conquistou outros prémios, tanto da crítica como de outros festivais. Ou o documentário “Volta à terra” (2014), de João Pedro Plácido.
Esta iniciativa de O Som e a Fúria estende-se até ao final de maio, contando com outros filmes como o tríptico “As mil e uma noites”, de Miguel Gomes, “Cartas da guerra”, de Ivo M. Ferreira, “Technoboss”, de João Nicolau, ‘Ruínas’, de Manuel Mozos, e “El dorado XXI”, de Salomé Lamas.
Foram ainda escolhidos “Zama”, da realizadora argentina Lucrecia Martel, e “9 dedos”, do realizador francês F. J. Ossang.
O acesso semanal a cada um dos filmes é divulgado nas redes sociais da produtora.
Em 2020, as salas de cinema também estiveram encerradas durante mais de dois meses e reabriram de forma gradual em junho, mas a assistência fixou-se em níveis muito baixos, fazendo com que se registassem perdas de mais de 75% tanto em número de espetadores como em receitas de bilheteira, comparando com 2019.