O festival começa hoje com a antestreia de "Nheengatu - A Língua da Amazónia", de José Barahona, e associa-se à recolha solidária de bens essenciais promovida pela União Audiovisual.
Esta edição do festival internacional de cinema DocLisboa é apresentada como sendo de resistência, porque terá sessões em sala – e também online – e estende-se até março, dividida por módulos, para responder às circunstâncias da pandemia da covid-19.
Nesta 18ª edição, o festival conta com 206 filmes, dos quais 31 em estreia mundial, que serão repartidos por uma programação mensal, em módulos, com sessões em sala e online.
O festival abre hoje na Culturgest com “Nheengatu – A Língua da Amazónia”, que regista a viagem de José Barahona ao encontro de uma população da Amazónia e de uma “língua imposta aos índios pelos antigos colonizadores”.
Na primeira semana do DocLisboa, há recolha de alimentos não perecíveis e de bens de higiene destinados à União Audiovisual, para serem distribuídos por profissionais do setor artístico cujo trabalho foi afetado pela covid-19.
Há pontos de recolha no cinema São Jorge e na Culturgest, sendo pedidos bens como massas alimentares, arroz, leguminosas, enlatados, leite, comida para bebés, dentífricos, papel higiénico e artigos de higiene feminina.
O primeiro módulo do festival estende-se até 1 de novembro contando, entre outros, com os filmes “Guerra”, uma estreia mundial da produção correalizada por José Oliveira e Marta Ramos, e “Chelas Nha Kau”, do Bagabaga Studios, em parceria com o coletivo Bataclan 1950.
O destaque vai para a descoberta da cinematografia “muito rica e pouco vista” da Geórgia, numa retrospetiva em parceria com a Cinemateca Portuguesa.
O segundo módulo do DocLisboa decorre também em novembro, de dia 5 a 11.
https://doclisboa.org/2020/
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes