A plataforma de streaming Deezer acaba de lançar um sistema de pagamentos que pretende diminuir as discrepâncias entre as receitas geradas pelos utilizadores e as recebidas pelos artistas e criadores. O programa-piloto proposto pela francesa visa equilibrar o mercado do streaming, apostando numa redistribuição mais equitativa de receitas entre artistas baseada no consumo musical de cada utilizador.
A ideia é que o valor investido por cada utilizador numa assinatura do serviço passe a reverter directamente para os artistas que mais ouve, em vez do sistema actual, em que as royalties são distribuídas com base em contabilizações globais. Os cálculos não são são necessariamente mais fáceis do que actualmente, mas a expectativa da Deezer é que certos nichos passem a ter uma rentabilidade mais consistente. Em 2017, numa entrevista à Music Ally, o CEO, Hans-Holger Albrecht, afirmou que este novo modelo deverá ser mais rentável para artistas com alcance de média dimensão, bem como artistas mais pequenos e em ascensão. Em contrapartida, nomes mais populares poderão ver as suas receita um pouco diminuídas.
O sistema também deverá ser uma forma de combater fraude. No ano passado, um utilizador do Spotify subscreveu mais de mil contas premium para aumentar o pagamento de royalties, numa fraude que poderá ter ascendido a $1 milhão de dólares.
Para o novo sistema de pagamento de royalties da Deezer está ainda numa fase experimental. Fundada em 2007, a Deezer é uma plataforma de streaming francesa – em 2018 tinha 14 milhões de utilizadores mensais activos e 7 milhões de subscritores.