A Biblioteca de Arte da fundação vai acolher o espólio documental de cineasta, dramaturgo e jornalista.

O espólio documental do cineasta, dramaturgo e jornalista José Leitão de Barros (1896-1967), com correspondência, fotografias e argumentos para filmes, foi doado pela família à Fundação Calouste Gulbenkian.

Segundo um comunicado daquela instituição enviado à agência Lusa, o espólio, que ficará integrado no acervo da Biblioteca de Arte da Gulbenkian, inclui ainda manuscritos de crónicas para imprensa e de textos de teatro, criados no âmbito da sua atividade, também como professor, pintor, cenógrafo, e figurinista.

Nascido em Lisboa, José Leitão de Barros, autor prolífico e personagem relevante na paisagem cultural do século XX português, como sublinha a Gulbenkian, estabeleceu ao longo da vida ligações pessoais, familiares e profissionais – era marido da pintora Helena Roque Gameiro, cunhado do arquiteto Cottinelli Telmo e do pintor Martins Barata — que “tornam o seu espólio um relevante testemunho documental para a compreensão do meio cultural e artístico nacional entre as décadas de 1930 e 1960″, reforça a instituição.

Leitão de Barros concebeu e dirigiu festejos históricos, criou a tradição das marchas populares em Lisboa, e evidenciou-se no cinema, a partir de 1918, com filmes também sobre figuras históricas como “Camões” (1946), exibido na primeira edição do Festival de Cannes, “Inês de Castro” (1945), “Bocage” (1936), “A Severa” (1931), “As Pupilas do senhor Reitor” (1935) e “Maria Papoila” (1937).

https://gulbenkian.pt/noticias/espolio-documental-de-leitao-de-barros-doado-a-fundacao-calouste-gulbenkian/

Fonte; SAPO Mag

Liliana Teixeira Lopes