Uma ficção por terras brasileiras, quatro curtas de Gabriel Abrantes e um documentário de Charles Aznavour são algumas das novidades nas salas nacionais esta semana.
Liliana Teixeira Lopes
A ficção “A Cidade Onde Envelheço” é assinada na realização por Marília Rocha.
Em “A Cidade Onde Envelheço”, Francisca é uma jovem portuguesa que mora há um ano no Brasil… Ela recebe Teresa, uma antiga conhecida com quem já tinha perdido contato.
Enquanto Teresa vive momentos de descoberta e encantamento com o novo país onde deseja se instalar, Francisca deseja voltar a Lisboa.
O filme acompanha as aventuras de cada uma pela cidade e a profunda amizade que nasce entre elas, obrigando-as a lidar com desejos simultâneos e opostos: a vontade de partir para um país desconhecido e a saudade irremediável de casa.
“Quatro Contos de Gabriel Abrantes” são quatro curtas-metragens para desvendar o imaginário cinematográfico do realizador: “Freud Und Friends” (2015), “Uma Breve História de Princesa X” (2016), “Os Humores Artificiais” (2016) e “As Extraordinárias Desventuras da Menina de Pedra” (2018).
Através destas curtas, que tiveram estreia mundial em festivais como a Quinzena dos Realizadores em Cannes, Berlinale, Festival de Cinema de Locarno, Festival de Toronto e que juntas somaram mais de vinte cinco prémios, é possível desvendar o universo cinematográfico de Gabriel Abrantes, que já realizou 19 obras, entre elas “Diamantino”, a sua primeira longa-metragem que em 2017 recebeu o Grande Prémio da Semana da Crítica do Festival de Cannes.
“Aznavour por Charles” é um documentário de Charles Aznavour realizado por Marc di Domenico.
Em 1948, Edith Piaf ofereceu a Charles Aznavour a sua primeira câmara de filmar, uma Paillard que nunca o abandonaria.
Até 1982, Charles captou inúmeras horas em filme que formaram o corpus do seu diário em película.
Aznavour filmou a sua vida e viveu como a filmou. Onde quer que fosse, a sua câmara estava ao seu lado. E captou tudo, incluindo momentos íntimos da sua vida, os lugares por onde passou, amigos, amantes e problemas.
Poucos meses antes da sua morte, ele e Marc di Domenico começaram a editar as imagens e decidiram fazer um filme com este material – o seu filme.