Há muito a ver nas salas nacionais. O destaque vai para três filmes portugueses e um candidato aos Óscares.
Liliana Teixeira Lopes
Pelo menos sete filmes portugueses, e dois de coprodução portuguesa, chegam em março às salas de cinema, recuperando-se ainda o ritmo de exibição de obras rodadas na pandemia.
Mas falemos desta quinta-feira, quando estreiam-se as comédias “A arte de morrer longe”, de Júlio Alves, e “Quem matou Laura Paula”, de João Capela, e o documentário “Águas do Pastaza”, de Inês T. Alves.
“A arte de morrer longe”, produzido pela Ukbar Filmes, é uma comédia dramática a partir de uma novela do escritor Mário de Carvalho, sobre um casal que se está a separar, mas cujo processo vai sendo adiado por causa de uma tartaruga.
Esta é primeira longa-metragem de ficção de Júlio Alves, exibida nos festivais IndieLisboa 2020 e Caminhos do Cinema Português 2021, é protagonizada por Ana Moreira e Pedro Lacerda.
Há ainda a estreia do documentário “Águas do Pastaza”, que a realizadora Inês T. Alves estreou em 2022 no festival de Berlim.
Produzido pela Oblaum Filmes, “Águas do Pastaza” foi feito na floresta amazónica equatoriana, perto do rio Pastaza, onde a realizadora acompanhou e registou apenas a vida quotidiana das crianças da comunidade Suwa e a ligação profunda com a natureza.
Estreia-se também “Quem matou Laura Paula”, de João Capela, uma paródia inspirada na série “Twin Peaks”, de David Lynch, interpretada maioritariamente por atores amadores e rodada em Trás-os-Montes, Douro e Beira Alta.
No filme acontece uma investigação de um ex-agente da PSP reformado, Tó Manel, sobre a freira Laura Paula que aparece misteriosamente morta no fundo de uma ravina, com um cabo de cebolas enrolado no pescoço.
Mas há mais novidades nas salas. Uma delas é mais um dos nomeados aos Óscares.
O realizador Darren Aronofsky traz-nos “A Baleia”, a história de um professor de inglês recluso que vive com grave obesidade e que tenta recuperar a relação com a sua filha adolescente, numa última oportunidade de redenção.
Baseado na aclamada peça de Samuel D. Hunter, o filme é vencedor de três prémios no Festival de Veneza de 2022.
Destaque para a interpretação de Brendan Fraser, que lhe tem valido alguns prémios e a nomeação para o Óscar de Melhor Ator, sendo mesmo um dos favoritos.