As salas chega esta semana um documentário sobre o artista plástico João Ayres, um drama com selo francês e uma biografia da maestrina Lydia Tár, candidata aos Óscares.
Liliana Teixeira Lopes
“João Ayres, Pintor Independente” é um documentário que chega esta semana às salas de cinema.
Realizado por Diogo Varela Silva, “João Ayres, Pintor Independente” é um filme com várias camadas de histórias. É sobre o pintor João Ayres (1921-2001), figura em trânsito entre Moçambique e Portugal que foi sendo esquecida das cronografias da arte moderna portuguesa, europeia ou africana.
É também sobre a sua família – a quem foi deixado um importante acervo da obra – que é aqui representada pela narrativa atual de um dos netos, Diogo Camilo Alves, que tem vindo a pugnar pela conservação e reativação da arte do avô, no sentido de mais pessoas poderem ter acesso a ela.
E sobre a casa que construiu e onde viveu, onde permanecem obras suas e a sua memória está viva.
“Com amor e com raiva”é outra das novidades desta semana.
Um filme de Claire Denis, que conta a história de Jean e Sara, que vivem juntos há dez anos.
Quando se conheceram, Sara vivia com François, o melhor amigo de Jean.
Jean e Sara amam-se. Um dia, Sara vê François na rua. Ele não a vê, mas um sentimento que a vida pode mudar repentinamente apodera-se dela.
François contacta Jean. Sugere que trabalhem juntos. A partir desse momento, tudo fica fora de controlo.
Nos papeis centrais estão Juliette Binoche, Vincent Lindon e Grégoire Colin.
Em estreia esta semana está também mais um dos candidatos aos Óscares: “Tár”
É Todd Field quem realiza este “biopic” sobre Lydia Tár, uma pioneira maestrina de uma ilustre orquestra alemã.
Aqui, conhecemos Tár no auge da sua carreira, enquanto se preparara para o lançamento de um livro e para uma extremamente antecipada performance ao vivo da Sinfonia nº 5 de Mahler.
Ao longo das semanas subsequentes, a vida de Tár começa a desenrolar-se de uma maneira singularmente moderna.
O resultado é uma abrasadora análise do poder e do seu impacto e durabilidade na sociedade contemporânea.
Destaque para a interpretação de Cate Blanchett, mais uma vez, magnifica, que mereceu uma nomeação para o Óscar de Melhor Atriz Principal.