O festival muda-se do Largo de S. Carlos para o Palácio da Ajuda e a programa foi anunciada hoje.

Duas estreias da Companhia Nacional de Bailado, a par de espetáculos de música, teatro e cinema, são propostas da edição deste ano do Festival Ao Largo, que se realiza no Palácio da Ajuda, em Lisboa, segundo a programação hoje anunciada.

O filme “Metropolis”, de Fritz Lang, com música ao vivo de Filipe Raposo, a peça “Sopro”, de Tiago Rodrigues, com o elenco do Teatro Nacional D. Maria II, a música de Bach a Benjamin Britten, de Mozart e Rossini, a Fauré e Aaron Copland, atravessam o festival, que vai de 10 a 25 de julho.

A abertura vai acontecer com a música de Dmitri Chostakovitch, pela Orquestra Sinfónica Portuguesa. Nos três últimos dias, o festival mantém a sua tradição, com a entrega do palco à Companhia Nacional de Bailado e, desta vez, com a estreia de duas novas coreografias: “algo_ritmo”, de Xavier Carmo e Henriett Ventura, com música original de César Viana, e “Symphony of Sorrows”, de Miguel Ramalho, sobre a 3ª Sinfonia, de Henryk Gorecki, a chamada “Sinfonia das Lamentações”.

Tudo se vai passar no pátio do Palácio Nacional da Ajuda, através de um protocolo com a Direção-Geral do Património Cultural, em vez do habitual largo fronteiro ao Teatro de S. Carlos, no Chiado, devido às exigências de distanciamento social e de logística do festival ao ar livre, como explicou a presidente do Opart – Organismo de Produção Artística, Conceição Amaral, que gere o Teatro Nacional de S. Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.

A programação é a primeira definida pela atual diretora artística do Teatro Nacional de S. Carlos, a soprano Elisabete Matos, e inclui ainda duas homenagens “aos heróis e às vítimas da Covid 19”, respetivamente nos dias 15 e 18 de julho, protagonizadas pelo Coro do São Carlos.

O filme “Metropolis” (1927), de Fritz Lang, com música ao vivo de Filipe Raposo, é exibido no dia 17 de julho, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida pelo maestro Cesário Costa, e o pianista, como solista. Trata-se de uma coprodução com o Teatro Municipal S. Luiz, onde o projeto se estreou em novembro do ano passado, quase 90 anos após a primeira exibição do filme em Portugal, na mesma sala.

Todos os programas têm início às 21h30, à semelhança dos outros anos. Como sempre, a entrada é livre.

https://culturaportugal.gov.pt/pt/conhecer/evento/_tnsc/festival-ao-largo-2020/

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes