Acontece já a partir da próxima semana.

Liliana Teixeira Lopes

A 22ª edição do DocLisboa, decorre de 17 a 27 de outubro é dedicado ao programador e crítico Augusto M. Seabra, terá Pierre Creton como realizador convidado e faz também a estreia nacional de filmes de Marta Mateus, Mati Diop e Oliver Stone.

O DocLisboa tem na competição portuguesa, por exemplo, dez filmes, entre os quais obras que já tiveram uma primeira exibição em festivais internacionais, como “Fogo do vento”, primeira longa-metragem de Marta Mateus e a coprodução “As noites ainda cheiram a pólvora”, do realizador moçambicano Inadelso Cossa, e o documentário “O palácio dos cidadãos”, uma reflexão de Rui Pires sobre a democracia, vendo por dentro a atividade do Parlamento.

O DocLisboa acolhe ainda a estreia mundial do documentário “Por ti, Portugal, eu juro”, de Sofia da Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, que resultou de uma investigação jornalística da revista digital Divergente sobre os militares africanos que combateram na Guerra Colonial do lado das Forças Armadas Portuguesas.

No festival estão previstas ainda as estreias portuguesas de “TWST – Things We Said Today”, de Andrei Ujica, a partir da passagem dos Beatles em 1965 pelos Estados Unidos, de um retrato do atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo realizador Oliver Stone em “Lula”, “The Invasion”, de Sergei Loznitsa, e “Dahomey”, de Mati Diop.

A secção Heart Beat, tem em estreia mundial, “O voo do crocodilo – O Timor de Ruy Cinatti”, documentário de Fernando Vendrell.

No DocLisboa vão ainda estar pai e filho a mostrar dois filmes: o realizador Diogo Varela Silva apresenta “O Diabo do Entrudo”, sobre a antiga tradição dos Caretos, no carnaval de Lazarim (Lamego), enquanto o filho, Sebastião Varela, apresenta “Ressaca Bailada”, um filme-concerto sobre o projeto de que faz parte, os Expresso Transatlântico.

Na secção “Heart Beat” ainda vai ser mostrado o documentário “Spirit of Nature”, do realizador francês Léo Favier, exibido em Veneza, sobre o mestre do cinema de animação Hayao Miyazaki e sobre a profunda ligação do pensamento e da obra com questões sobre ambiente, ecologia e a presença dos humanos na Terra.

Na edição deste ano, o DocLisboa em conjunto com a Cinemateca Portuguesa, apresenta uma retrospetiva do realizador mexicano Paul Leduc (1943-2020), que será a maior fora do seu país e a primeira no continente europeu.

O festival abre com a longa-metragem “Sempre”, filme de montagem da realizadora italiana Luciana Fina a partir dos arquivos da Cinemateca Portuguesa, com imagens de cinema que acompanharam a preparação e o processo da revolução de 25 de Abril de 1974.

O DocLisboa vai decorrer na Culturgest, no cinema São Jorge, na Cinemateca, no Cinema Ideal e na Casa do Comum.

https://doclisboa.org/2024/