Já começou e decorre em Lisboa até domingo. O objetivo é o mesmo de sempre: "dar visibilidade, assumidamente, ao trabalho das mulheres".
O Festival Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival está de regresso, desde ontem e até domingo, ao Cinema São Jorge, em Lisboa, com 45 filmes e uma série de atividades pela “causa da visibilidade”.
Com menos sessões e menos filmes, e a suspensão de “praticamente todas as atividades paralelas”, a organização optou pela segurança, porque esperava “um impacto maior”, em resultado da pandemia. Afinal, teve “uma agradável surpresa”, recebendo “bastantes filmes”, assinala Sara David Lopes.
A presença portuguesa inclui a estreia da longa-metragem documental “Elas também estiveram lá”, de Joana Craveiro, e ‘curtas’ de outras seis realizadoras: Cláudia Varejão, Sílvia Coelho (com Paulo Raposo), Maria do Rosário Pestana, Joana Toste, Denise Fernandes e Laís Andrade.
Do estrangeiro são exibidos filmes com protagonistas de Marrocos, Tunísia, Egito, Síria, Israel, Palestina, Espanha, França, Grécia, Croácia e Roménia.
A maioria das 45 curtas e longas-metragens que fazem parte da programação terão estreia nacional (cinco têm estreia mundial).
Como “não podiam faltar filmes sobre o confinamento”, será exibida a média-metragem “Teenage lockdown tale”, em que as restrições impostas pela pandemia de covid-19 são vistas pelos olhos dos adolescentes e filmadas pelos seus telemóveis.
Nas atividades previstas para a oitava edição, mantêm-se as sessões para miúdos e as mesas redondas e ‘masterclasses’, que poderão passar para o formato online se for preciso.
A génese do festival, essa, mantém-se: “dar visibilidade, assumidamente, ao trabalho das mulheres”.
“As irmãs Macaluso”, de Emma Dante, galardoado com vários prémios na 77ª edição do Festival de Cinema de Veneza, abriu ontem o festival. Cabe a “Holy boom”, de Maria Lafi, uma coprodução de Grécia, Albânia e Chipre, fechar o certame, no domingo.
https://www.olharesdomediterraneo.org/om2021-8a-edicao/
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes