A plataforma de streaming estreia no início de março esta série sobre mercado negro canadiano de crianças indígenas.
Liliana Teixeira Lopes
“‘Little Bird’ é uma história em que o público internacional terá a oportunidade de testemunhar o poder da autêntica narrativa indígena e ficará impressionado com os temas que nos ligam, independentemente da nossa raça”, frisa Jennifer Podemski, a criadora da série.
“Little Bird: As crianças roubadas”, série vencedora de vários prémios segue uma das muitas jovens indígenas entregues para “adoção” forçada a famílias brancas.
De acordo com o serviço de streaming, os seis episódios centram-se no sequestro de crianças nos anos 60 no Canadá, quando o governo separou à força milhares de crianças indígenas das suas famílias, através da comovente história de Esther, uma mulher que, na véspera do seu casamento, tenta reconstruir o seu passado.
“No final dos anos 60, Bezhig Little Bird, uma menina de cinco anos, é retirada à força da reserva de Long Pine e adoptada por uma família judaica em Montreal, que a renomeia como Esther Rosenblum. Quando faz 20 anos, desesperada para reencontrar a sua família biológica, Bezhig viaja pelas pradarias do Canadá para desvendar o mistério que envolve a sua adoção”, resume a plataforma em comunicado.
Estas “adopções” forçadas afectaram mais de 20 mil crianças indígenas.
A série foi premiada pela Academia Canadiana de Cinema e Televisão com 13 prémios, incluindo o de Melhor Série, e ganhou o Prémio do Público no festival francês Series Mania e o Prémio de Melhor Série na Secção Oficial de Séries, onde o júri destacou a sua “narrativa forte e poética”.
“Little Bird – As crianças roubadas” estreia-se na Filmin a 4 de março.