A Holuzam acaba de lançar um livro em formato fanzine, pela primeira vez em papel, que se dedica à história da Cliché, loja e editora independente que operou durante a década de 80.
Com um catálogo curto, foi talvez a primeira editora independente séria em Portugal.
Eram quatro os sócios que se juntaram no projecto, beneficiando de circunstâncias favoráveis e um espírito de empreendedorismo diferente do actual, Vera Futscher, João Pinto Nogueira, Maria Helena Redondo e Rui Pavão.
Num posts de Instagram da Holuzam, fala-se um pouco da história: Haviam encontros e tertúlias caseiras que proporcionavam intercâmbio de ideias.
No prédio situado na Rua dos Caetanos, onde na cave funcionava a Cliché, juntavam-se pessoas, fervilhava uma cena ainda por despertar.
Pessoas como Manuel Reis iam fazendo acontecer coisas concretas.
O Bairro Alto tornou-se polo de atracção para quem partilhava diferenças estéticas.
Em 1982, com o Frágil no centro da movida, João Pinto Nogueira foi DJ residente no clube, onde mais tarde existiu a loja Contraverso, na Travessa da Queimada, e onde poderia ter acontecido a segunda vida da Cliché