A bienal de cinema imersivo está a decorrer por estes dias, até domingo, no Planetário de Espinho.

O Planetário de Espinho acolhe, desde ontem e até domingo, a sua bienal de cinema imersivo, a que este ano concorrem 50 filmes de 18 países, todos para projeção em telas a 360 graus, com tecnologia 2D ou 3D.

Tendo em 2019 a sua quinta edição, o chamado IFF (sigla para ‘Immersive Film Festival’) leva assim à cúpula do planetário vários filmes que, dadas as suas elevadas exigências tecnológicas a nível de gravação e reprodução, apresentam uma duração tipicamente não superior a 35 minutos, e tendem a privilegiar temas relacionados com ciência.

Essa propensão temática deve-se ao facto de os espaços mais adequados para cinema em telas a 360 graus serem planetários já habitualmente empenhados na divulgação de produções sobre astronomia e outras ciências.

O astrónomo António Pedrosa é o diretor do Planetário de Espinho e, assumindo também a direção daquele que foi “o primeiro festival europeu de cinema imersivo”, declarou à agência Lusa que, comparativamente a anteriores edições do evento, o programa de 2019 evidencia “um notável avanço tecnológico nos seus filmes, quer em termos de narrativa, quer no que se refere à própria produção”.

Como o evento só se realiza a cada dois anos, é certo que, entre uma edição e a seguinte, se regista um assinalável “crescendo da qualidade” entre as obras a concurso, mas o desenvolvimento do setor é particularmente evidente no programa de 2019, em que “quase todos os filmes são estreias nacionais”.

António Pedrosa explica que essa consolidação do cinema imersivo se deve ao ritmo de crescimento das respetivas audiências. Quanto ao teor das obras em competição em 2019, o astrónomo realça que “há filmes muito interessantes, desde os completamente abstratos, que nos levam a passear pelos mundos dos fractais, até aos que abordam criações artísticas de cariz muito particular, como as da arte japonesa”.

O festival inclui ainda alguns concertos relacionados com a temática.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes