O projeto representa Portugal na Bienal e vai decorrer em sete processos.
A exposição do projeto “In Conflict”, que vai representar Portugal na Bienal de Veneza de Arquitetura, vai percorrer sete processos que marcaram a história da arquitetura do país, nas últimas cinco décadas, com foco na habitação e na dimensão de interesse público desta disciplina.
Mais do que falar dos edifícios dos casos escolhidos, noticiados pelos media desde os anos 1970 até à atualidade, pela sua componente social ou polémica, os curadores do projeto selecionado – atelier depA architects, um coletivo do Porto – quiseram abordar os processos e narrativas que representam, sublinharam, em entrevista à agência Lusa.
Os curadores João Crisóstomo, Carlos Azevedo, Luís Sobral, sócios fundadores do atelier portuense, e Miguel Santos, curador-adjunto do projeto, centraram também o contributo para a Bienal de Arquitetura de Veneza na necessidade de debate das questões da habitação e da arquitetura de uma forma transversal, abrangendo várias áreas da sociedade.
“Partimos do princípio de que, para vivermos em comunidade, para nos entendermos, e para realçar as vantagens do Estado democrático, temos de assumir que as ideias têm de ser debatidas e deve haver espaço para o seu confronto. Esta é a resposta direta à pergunta do curador da Bienal”, disse Luís Sobral sobre a designação do projeto, “In Conflict”, cuja tradução que consideram mais certa, em português é “em confronto”.
Hashim Sarkis, curador-geral da 17ª Exposição Internacional de Arquitetura de Veneza – marcada para os dias 22 de maio a 21 de novembro de 2020 – lançou, como guia para os participantes desta edição, o tema “How we will live together” (“Como vamos viver juntos”, em tradução livre).
https://www.inconflict.pt/
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes