Os resultados da DJ Mag Top 100, aquela que é a lista de DJs mais conhecida do mundo, foram revelados no passado sábado no Amsterdam Dance Event. De volta à posição cimeira está a dupla Dimitri Vegas & Like Mike, que destronou Martin Garrix, e regressa ao topo da lista quatro anos depois. No pódio ficaram, ainda, Garrix e David Guetta.
O lugar mais alto do techno coube a Carl Cox, que garantiu a 35ª posição. Já a australiana Alison Wonderland conseguiu a maior subida do ano, escalando mais de 50 lugares, e aterrando no número 44. O domínio masculino continua evidente. As irmãs Olivia and Miriam Nervo seguram a posição feminina mais alta – as únicas mulheres do top 30 encaixam o 24º lugar. De notar que Charlotte de Witte e Peggy Gou entram pela primeira vez nesta contagem, estando no número 74 e 80, respectivamente. Os dois portugueses da lista, Kura e Diego Miranda, desceram algumas posições, mas mantêm-se firmes nos lugares 40 e 55 da tabela.
Desde 1997, é o público quem decide qual o melhor DJ do mundo na lista da DJMag. Algo que tem conhecido fortes críticas por parte da comunidade e da imprensa especializada, já que parece prevalecer o poder das estruturas de marketing associadas aos artistas, em vez do reconhecimento das habilidades técnicas. Nos últimos anos, isto reflectiu-se num domínio generalizado da EDM sobre os restantes géneros da electrónica. Ainda assim, este ano a tendência parece ter sofrido alguma ligeira alteração, sendo a tabela mais diversificada da última década.
Em Dezembro, a DJ Mag anunciou a Alternative Top 100 DJs, que pretendia enaltecer o trabalho e a popularidade de DJs de house e de techno que têm ficado forada principal lista, não obstante o seu impacto e popularidade crescentes.
Além do reconhecimento de DJs, a votação tem-se associado anualmente a organizações com trabalho feito no âmbito solidariedade social. Em 2019, a iniciativa volta a ter a UNICEF como instituição beneficiária. Ao longo dos últimos três anos, acontecimento conseguiu angariar mais de €100 mil para a UNICEF, o que se reverterá em mais de 150 mil vacinas para crianças em risco à volta do mundo.
João Barros