O presidente francês Emmanuel Macron decidiu, assim, distinguir a artista.
A célebre cantora e bailarina norte-americana, Josephine Baker vai passar a 30 de novembro para o Panteão de Paris, tornando-se na primeira mulher negra nesse templo de grandes personalidades veneradas pela república francesa.
O Le Parisien revelou que o presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu distinguir a artista (1906-1975) ao responder afirmativamente em julho ao pedido de autorização que lhe foi apresentado.
Segundo o Palácio do Eliseu – citado pelo jornal – o que determinou a entrada de Josephine Baker no Panteão foi o seu “compromisso” e o fato de ter decidido lutar pela França envolvendo-se na resistência à ocupação nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
Igualmente contribuiu a sua participação na grande marcha de Washington, em 1963, em prol dos direitos civis dos negros juntamente com Martin Luther King, onde se apresentou de uniforme militar e com as suas medalhas de guerra.
Macron recebeu em 21 de julho uma delegação dos defensores da entrada no Panteão de Josephine Baker, entre eles o escritor Pascal Bruckner, a cantora Laurent Voulzy, a empresária Jennifere Guesdon e Brian Bouillon-Baker, um dos filhos adotivos da artista.
A data para formalizar a sua entronização no templo dos “grandes homens” da República – segundo a inscrição gravada na pedra – foi feita para coincidir com a do seu casamento com Jean Lion (em 1947), o que lhe permitiu obter a nacionalidade francesa.
Das 80 personalidades atualmente no Panteão apenas cinco são mulheres. A última a entrar, em 2018, foi Simone Veil, sobrevivente dos campos de concentração nazi e que como ministra foi quem impulsionou, em 1975, a legalização do aborto em França.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes