O Chapitô revisita a figura de Júlio César entre "a reconstituição histórica, o documentário e a paródia".

“Explorar a comédia como linguagem para reinventar a história” é o objetivo da 39ª criação da Companhia do Chapitô, que decorre depois de “Napoleão”. Refiro-me a “Júlio César”, uma criação coletiva da peça. que tem encenação de Jose C. Garcia e Cláudia Nova, e interpretações de Jorge Cruz, Pedro Diogo e Susana Nunes.

Quando ouvimos o nome Júlio César, achamos que sabemos logo quem é, mas se perguntarmos uma ou duas coisas percebemos que afinal não sabemos nada sobre Júlio César. É de isso mesmo que parte a Companhia de Teatro do Chapitô. Todos julgamos que foi o primeiro imperador de Roma, mas não foi, nunca foi imperador, abriu as portas ao imperador, isso sim – é o que diz a organização.

A ação centra-se no “general romano e membro do primeiro Triunvirato, que liderou os exércitos romanos na conquista da Gália, antes de derrotar o seu rival político Pompeu em contexto de guerra civil”, e antes de se autoproclamar “Ditador Perpétuo de Roma”, cargo que não ocupou por muito tempo, pois acabou por ser assassinado por um grupo de senadores que o consideravam “uma ameaça à República”.

“Júlio César” no Chapitô, na Costa do Castelo, em Lisboa que, segundo a companhia, está entre a “reconstituição histórica, o documentário e a paródia”, é um espetáculo muito físico, de clown, três atores fazem todas as personagens e a sonorização é feita no momento, também pelos três atores, num rodopio de adereços que marcam as figuras.

Estreia hoje e fica em cena até 28 de abril, com sessões de quinta-feira a sábado, às 21h00, e, ao domingo, às 17h00.

https://chapito.org/editorial/marco-abril-2023/

Fonte: Companhia do Chapitô

Liliana Teixeira Lopes