É o tema central da edição deste ano do Festival de Cinema de Animação de Lisboa, que decorre e 7 a 17 de março.
Liliana Teixeira Lopes
Este é o ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril de 1974.
São muitas as iniciativas que estão a ser feitas para assinalar a Revolução dos Cravos, e os vários eventos que vão acontecendo também não fogem à evocação da data.
É o que acontece este ano com a 23ª edição do Mostra – Festival de Animação de Lisboa. Até porque, como sublinha o próprio Fernando Galrito, diretor artístico do evento, todos estes festivais e iniciativas, provavelmente não gozariam desta liberdade, se não tivesse existido o 25 de Abril.
Por isso, não é de estranhar que o tema do Monstra, este ano é, como nos contou Fernando Galrito, “Liberdade de Expressão”.
Está prevista a estreia de “A revolução”, um filme coletivo assinado por alunos de escolas de animação de todo o mundo, que “revela como veem hoje uma revolução democrática” e cuja exibição contará com música ao vivo.
Um outro momento de celebração será com um debate com os desenhadores Cristina Sampaio, André Carrilho, Nuno Saraiva e José Bandeira, e o crítico Pedro Mexia.
O Monstra – Festival de Animação de Lisboa acontece de 7 a 17 de março.
Este ano, exibe cerca de 400 filmes, tendo a Irlanda como país em destaque, nomeadamente com uma retrospetiva dedicada ao realizador Tom Moore, convidado para estar presente em Lisboa, e com uma homenagem ao cineasta Aidan Hickey.
O Monstra estará centrado no Cinema São Jorge, mas volta a ter programação noutros espaços, como a Cinemateca Portuguesa, o cinema Fernando Lopes e o Museu da Marioneta, onde está patente a exposição “Três Famílias”, que revela os bastidores de três longas-metragens que assentam em histórias de família: “Interdito a Cães e Italianos”, “O Retrato de Família” e “A cada dia que passa…”.