O projeto nasceu como uma resposta cultural à pandemia.

O projeto LISBOAGORA, que nasceu como resposta à paralisação das artes por causa da covid-19, revelou-se desde ontem, dia 16, na Internet, mostrando parte do tecido cultural da cidade, disse à agência Lusa um dos seus impulsionadores.

O LISBOAGORA, com direção de António Jorge Gonçalves, Alexandre Almeida Coelho e Nuno Pratas, foi um dos projetos de criação artística que recebeu apoio financeiro – 48.600 euros – do Fundo de Emergência Social da Câmara Municipal de Lisboa.

O projeto envolveu mais de 50 pessoas, entre artistas, técnicos e outros profissionais, na criação e interpretação de novos conteúdos artísticos, tendo como palco edifícios e locais da capital, com a ideia de serem exibidos e ficarem acessíveis online.

Em declarações à agência Lusa, o artista visual António Jorge Gonçalves explicou que a ideia do LISBOAGORA surgiu na primavera de 2020, como resposta ao primeiro confinamento, que paralisou a atividade cultural.

Tendo conseguido financiamento através daquele fundo de emergência, de acordo com o artista, foi possível montar um projeto “que não só pusesse os artistas e técnicos a trabalhar, mas que pusesse coisas a acontecer na cidade e tivesse um acesso democratizado”, com o resultado do trabalho artístico a ficar acessível online na página oficial.

No verão passado, foram registadas em vídeo performances de artistas como a bailarina Leonor Keil, os músicos Vítor Rua, Noiserv e João Paulo Esteves da Silva, o ator Ângelo Torres, o escritor Rui Zink e o fotógrafo Augusto Brázio.

Foram registadas atuações em locais como as ruínas do Teatro Romano, o jardim do Campo Grande, o Museu da Carris, o claustro do Museu da Marioneta ou o HUB Criativo do Beato.

As 14 atuações produzidas, com uma duração individual de cerca de 20 minutos, foram mostradas na íntegra numa sessão contínua, ontem, terça-feira, dia 16 de março.

Depois dessa sessão de estreia do LISBOAGORA, cada uma das atuações será colocada online, diariamente, entre hoje, 17 de março, e 2 de abril.

A ideia é que a página do LISBOAGORA funcione como um primeiro passo para uma “biblioteca online de arte performativa na cidade”.

https://www.lisboagora.pt/

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes