Este maravilhoso filme de Sofia Coppola passou a fazer parte do catálogo da Netflix. Para ver ou rever.
Liliana Teixeira Lopes
A Netflix anunciou no passado dia 17 de outubro que disponibilizou no serviço de streaming em Portugal o filme “Lost in Translation” – “O Amor é um Lugar Estranho” em português. Não podia desperdiçar esta oportunidade para falar daquele que, para mim, é um dos filmes mais românticos deste século, na verdadeira aceção da palavra “romântico”.
“Lost In Translation” é tido como um clássico realizado, produzido e escrito por Sofia Coppola, que reúne Bill Murray e Scarlett Johansson numa história sobre solidão onde o choque cultural com uma Tóquio luminosa e frenética deve ser um argumento a favor para todos os apreciadores da capital japonesa.
Em “O Amor é um Lugar Estranho”, Bob Harris e Charlotte são dois americanos em Tóquio. Bob é uma estrela de cinema, que já perdeu o brilho de outros tempos e que está a atravessar uma crise de meia-idade. Ele está na cidade para gravar um anúncio a um whisky.
Charlotte é uma jovem que anda a reboque do marido, um fotógrafo viciado no trabalho.
Os caminhos de Bob e Charlotte cruzam-se, numa noite de insónia, no luxuoso bar do hotel onde ambos estão hospedados. Este encontro casual acaba por se tornar rapidamente numa surpreendente amizade.
Sobre “Lost in Translation”, na Wikipedia, lê-se: “O nome original do filme, (“Perdidos na Tradução” – tradução literal para português), refere-se a dificuldade das personagens de serem compreendidas na cidade de Tóquio, mesmo nos momentos em que estão na companhia de tradutores. ‘Lost in Translation’ trata de uma expressão americana que representa a parte cultural de palavras ou frases que se perde quando é traduzida para outra língua. Mesmo que a tradução seja feita corretamente”.
O filme está também disponível em diferentes edições em DVD e Blu-ray, que nalguns casos trazem material extra, como cenas cortadas, making-of, trailers e entrevistas.
A banda sonora é prodigiosa e conta com um tema escondido: “More Than This”, dos Roxy Music, interpretado por Bill Murray numa cena memorável.