Os Massive Attack comissionaram um estudo sobre as emissões de carbono da indústria da música ao vivo. Segundo o comunicado da banda, o objectivo é “mapear exaustivamente a pegada carbónica dos ciclos de digressões das bandas e apresentar opções que possam ser implementadas” para mitigar esses efeitos. O estudo está entregue ao Tyndall Centre for Climate Change Research, um centro de investigação dedicado às mudanças climáticas, parceria entre várias universidade britânicas.
Num artigo de opinião publicado no Guardian, Robert Del Naja detalhou que o colectivo considerou deixar de fazer digressões devido ao impacto ambiental, numa altura de emergência climática. Contudo, a banda considera que a mudança sistémica só é possível com acção colectiva. Ao longo dos anos, o grupo de Bristol tem adoptado medidas para tentar minimizar o impacto das suas digressões, nomeadamente a eliminação de plásticos descartáveis ou a utilização de transporte ferroviário sempre que possível.
Em Janeiro, as estimativas mais optimistas da Organização Mundial de Saúde apontavam para a morte de 250 mil pessoas por ano devido às alterações climáticas, um número que pode mais do que duplicar até 2050. Esta quinta-feira, o Parlamento Europeu decretou o estado de emergência climática. Além disso, reiterou a intenção de reduzir em 55% as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e de atingir a neutralidade carbónica em 2050.
João Barros