Eventos à porta fechada com mais de 1.000 pessoas devem ser cancelados… Foi o que anunciou na noite passada a ministra da Saúde Marta Temido. Esta é uma das orientações para eventos que se realizem à porta fechada e ao ar livre.
Depois de uma reunião com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou as novas medidas relativas à realização de eventos…
De acordo com as novas orientações, devem, então, ser cancelados e adiados eventos que juntem mais de 5.000 pessoas em espaços abertos e os que reúnam mais de 1.000 em espaços fechados.
As regras são ainda mais restritas para os concelhos onde há contágio local, como é o caso dos municípios de Felgueiras e Lousada. Nestes concelhos, eventos que reúnam mais de 150 pessoas devem também ser cancelados ou adiados.
Neste caso, como explicou o ministro da administração interna Eduardo Cabrita, a restrição abrange “qualquer evento de qualquer tipo”. Aplica-se tanto a uma reunião, como a um casamento, a um funeral, ou até a uma missa. Na mesma conferência de imprensa, o ministro da Administração Interna anunciou a suspensão de voos com destino ou origem nas zonas italianas afetadas.
Marta Temido recomendou também a todos os profissionais de saúde que não participem em eventos como conferências e congressos, até porque estes profissionais são especialmente importantes nesta fase.
A ministra da Saúde, Marta Temido, explicou ainda que algumas das recomendações são ao mesmo tempo orientações e que as autoridades de saúde devem ser consultadas. E explicou que foi ainda adotada uma recomendação mais genérica, para que haja especial atenção quanto a eventos que possam suscitar presença de pessoas que venham de áreas de risco, como China ou Itália.
Marta Temido disse que as medidas anunciadas esta segunda-feira vão até 3 de abril, um limiar que pode ser aumentado ou restringido consoante a evolução da doença. E explicou que as restrições de eventos como as anunciadas ontem acontecem porque neles é difícil identificar os presentes numa situação de contágio, ao contrário do que se passa numa escola ou numa fábrica, onde os utilizadores do espaço são identificáveis em caso de necessidade.
Fonte: Lusa / Jornal Económico / Sapo 24
Liliana Teixeira Lopes