O conhecido membro dos Monty Python sofria de demência.
Morreu Terry Jones, um dos membros dos Monty Python, após uma longa batalha contra a demência, anunciou a família em comunicado.
Em 2016, foi anunciado que Terry Jones sofria de demência e não voltaria a dar entrevistas. Um porta-voz deu conta que o ator tinha sido diagnosticado com afasia progressiva não-fluente, uma variante de demência frontotemporal, em que se perde a capacidade de falar ou se manifestam alterações na articulação das palavras.
A notícia confirmou especulações após o ator galês ter surgido mais reservado e começado a divagar em entrevistas, acabando outros membros do mítico grupo de comédia britânico por tomar a palavra.
Nos dez espetáculos “Monty Python Live (Mostly)” realizados em Londres em 2014 que juntaram, além de Jones, Michael Palin, John Cleese, Terry Gilliam e Eric Idle (Graham Chapman morreu em 1989), não passou despercebido que lia as suas frases a partir de cartões.
O diagnóstico foi confirmado depois de se saber que seria homenageado com um Prémio BAFTA pela Academia Britânica de Artes Cinematográficas e da Televisão pelo seu enorme contributo artístico.
Para além do trabalho como comediante e argumentista nos Monty Python, Terry Jones também teve um importante contributo na imortalização do grupo no cinema, tendo co-realizado com Terry Gilliam “Monty Python e o Cálice Sagrado” (1975), antes de avançar sozinho em “A Vida de Brian” (1979).
O último filme do grupo, “O Sentido da Vida” (1983), foi novamente dirigido em parceria com Terry Gilliam e venceu o grande prémio do júri no Festival de Cinema de Cannes.
Enquanto realizador, Terry Jones assinou ainda, entre outros, uma adaptação de “O Vento nos Salgueiros” (1996), de Kennethn Grahame, e “Uma Comédia Intergalática” (2015).
Especialista em História Medieval, o ator britânico apresentou ainda vários documentários televisivos, foi colunista na imprensa britânica e publicou vários livros para os mais novos.
Terry Jones esteve em Portugal em 2011, a convite do Festival Internacional de Cinema do Funchal, e em 2008 apresentou em Lisboa o musical “Evil Machines”, que escreveu com Anna Söderström e encenou, com música original do compositor português Luís Tinoco.
Fonte: SAPO Mag
Liliana Teixeira Lopes