O festival regressa na próxima semana.
O MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa regressa este mês, com “sessões mais espaçadas e de lotação reduzida” e dois dias extra “para que o público possa desfrutar do festival com todo o conforto e segurança”. O festival cumpre este ano a 14ª edição e está de regresso ao Cinema São Jorge entre 7 e 14 de setembro, “depois de três dias de eventos ‘warm-up’ ao ar livre”.
A edição deste ano “desafia um 2020 atípico com uma retrospetiva sobre o racismo e o cinema de terror, filmes de Pedro Costa, um número recorde de filmes realizados por mulheres e muitas propostas para oito dias de catarse coletiva”.
A retrospetiva “Pesadelo Americano: O Racismo e o Cinema de Terror” inclui sete filmes, “precursores do movimento Black Lives Matter, cujo olhar crítico propõe um acerto de contas com a história”.
Este ano, “o mais respeitado realizador português da atualidade”, Pedro Costa, é o convidado da secção Quarto Perdido, intitulada na 14ª edição “Pedro Costa – Filmar as Trevas”. Segundo a organização, “Costa abordará em conversa a sua declarada afinidade com o universo do terror e do fantástico e serão exibidos os filmes “Ne change rien” (2009) e “Cavalo Dinheiro” (2014)”.
A secção Serviço de Quarto “mostra este ano um número recorde de filmes realizados por mulheres e entre os destaques agora anunciados contam-se “Saint Maud”, de Rose Glass, uma visão original e corajosa sobre fé e loucura com carimbo dos estúdios A24, “Relic”, a aclamada estreia cinematográfica da escritora Natalie Erika James, e “The trouble with being borne”, de Sandra Wollner, uma antítese da história de Pinóquio em versão ‘sci-fi’, que causou controvérsia no último Festival de Berlim”. Esta secção, traz ainda o regresso de Takashi Miike com “First Love”.
Para a secção Doc Terror, a organização anunciou o documentário “Scream, queen! My nightmare on Elm Street”, sobre Mark Patton e o seu papel enquanto primeiro ‘scream queen’ masculino em “Pesadelo em Elm Street II”, “hoje um clássico do cinema LGBT”.
Este ano, o MOTELX apresenta, pela primeira vez, um programa de Curtas Experimentais, “dedicado a narrativas alternativas que usam técnicas revolucionárias para criar novas linguagens e pesadelos transcendentais”.
https://www.motelx.org/
Fonte: SAPO Mag
Liliana Teixeira Lopes