Um estudo tenta responder porque às vezes passamos um dia inteiro com uma canção que não nos sai da cabeça.
Ter uma música em modo “repeat” na cabeça é uma sensação comum e acontece a 90% das pessoas, pelo menos, uma vez por semana. E isto deve-se à sua melodia genérica e muito fácil de lembrar, de acordo com um estudo conduzido por Kelly Jakubowski, da Universidade de Durham, Inglaterra.
A autora explica no site oficial da Universidade de Durham, que “independentemente do sucesso gráfico de uma música, há certas características da melodia que a tornam mais propensa a ficar presa na cabeça das pessoas”.
O estudo demonstrou que as músicas que ficam presas na cabeça – chamadas de imagens musicais involuntárias – são geralmente rápidas, com uma melodia bastante genérica e fácil de lembrar, com alguns intervalos únicos como saltos ou repetições que as distinguem da música pop comum.
As rádios, por norma, passam mais vezes uma determinada música por ter esta característica de ficar “colada” à mente dos ouvintes.
O estudo, publicado no jornal “Psychology of Aesthetics, Creativity and the Arts”, descobriu que as músicas mais prováveis de ficarem presas na cabeça das pessoas são aquelas com contornos melódicos mais comuns, isto é, muito semelhantes a músicas pop.
Com já disse atrás, noventa por cento das pessoas têm uma música presa na cabeça em constante repetição, pelo menos, uma vez por semana. O caso acontece normalmente em momentos em que o cérebro não está a fazer grande esforço como, por exemplo, quando se está a tomar banho.
Kelly Jakubowski explica que os “resultados mostram que se pode até certo ponto prever quais são as músicas que vão ficar presas na cabeça das pessoas com base no conteúdo melódico da canção. Isso pode ajudar compositores aspirantes a escrever um tema de que todos se vão lembrar dias ou meses depois.
Fonte: Psychology of Aesthetics, Creativity and the Arts
Liliana Teixeira Lopes