Mais de 700 personalidades da indústria musical britânica assinaram uma carta que pede aos cidadãos para se unirem na luta contra o racismo.
“Somos piores quando nos atacamos uns aos outros”, diz a carta, que tem a assinatura de artistas como, entre mjuitos outros, Little Mix, Nile Rodgers, Lewis Capaldi e Rita Ora e que censura o “racismo antissemita”, em referência a uma polémica recente protagonizada pelo cantor Wiley, conhecido como “o padrinho do crime”, que partilhou nas suas redes sociais mensagens ofensivas sobre a comunidade judaica, apesar de mais tarde tenha pedido desculpas.
Com este gesto, o setor musical britânico pretende demonstrar que “o amor, a unidade e a amizade, (e) não o separatismo ou o ódio, devem ser agora e sempre a causa comum”. Representantes de vários artistas como, por exemplo, Stevie Wonder, também se juntaram à causa, assim como as editoras EMI, Universal Music UK, Warner Music UK e Sony Music UK.
“Seja o racismo sistemático e a desigualdade racial revelados pela brutalidade policial continuada nos Estados Unidos ou pelo racismo antissemita perpetrado ‘online’, o resultado é o mesmo: suspeita, ódio e separatismo”, diz a carta.
Os signatários sublinham ainda que “as minorias” de “todas as origens e credos lutaram e sofreram” e a “escravatura e o Holocausto” deixaram “memórias coletivas dolorosas”.
A carta alerta que “todas as formas de racismo” têm “as mesmas raízes”: “a ignorância, a falta de educação e (a necessidade de ter) bodes expiatórios” e garante que “a indústria musical britânica tem orgulho em unir-se para ampliar a voz, assumir responsabilidades, defender-se e mostrar solidariedade”. “O silêncio não é uma opção”, refere a missiva.
Os signatários concluem: “Através da música, da educação e da empatia podemos encontrar unidade. Estamos juntos para educar e eliminar o racismo agora e para as gerações futuras”.
https://docs.google.com/document/d/1rkEtRy3pUPV12eC1cECC2Huqo8slKtOQtZtGSHQwKq8/edit
Fonte: SAPO 24
Liliana Teixeira Lopes