Cumpriram-se esta Quarta Feira 75 anos do nascimento de Bob Marley. E no Sábado à noite, a celebração passa pelo Estúdio Time Out, em Lisboa: com os britânicos Mafia&Fluxy na banda de apoio, o cartaz conta com Eek-a-Mouse, Omar Perry (filho de Lee “Scratch” Perry), um tributo nacional liderado por Orlando Santos e ainda a diva do reggae crioulo Nish Wadada.
A cabo-verdiana que nasceu e cresceu em Roterdão disse à Oxigénio que esta vai ser “uma noite muito especial, porque o público de Lisboa é muito participativo — são muitos artistas e vai existir muita partilha, muito amor.”
Para a cantora, uma das principais razões porque a figura de Bob Marley continua a ser a grande representação global do reggae tem a ver com a simplicidade da sua mensagem: “é uma mensagem tão universal. Ele já faleceu há tantos anos mas a música dele está muito viva porque é uma mensagem que toca a todos, muito atual. E para mim, pessoalmente, é uma inspiração como ele chegou ao público com letras simples”
Não é a primeira vez que Nish Wadada se junta a esta celebração. No ano passado encontrou-se em palco com Mad Professor e acabou por gravar com ele. “Acontece muitas vezes a artistas que se encontram pela primeira vez ou que sempre quiseram trabalhar juntos. É bonito porque é uma partilha, cada um com a sua arte. E há sempre oportunidades para gravar aqui em Lisboa.”
Este é também o início de um ano produtivo para a cantora, que nos contou os seus planos para 2020. “Vamos lançar um EP com um produtor francês Kandee. Vai ser um projecto diferente, mais maduro, de reggae e dub com uma mistura de world music. Estou a trabalhar também num álbum de roots. E estamos a organizar o verão, a tentar fazer mais concertos com banda ao vivo”.
João Barros