A inteligência artificial permitiu reconverter poucos frames numa longa-metragem.
O filme mais antigo do mundo, “Roundhay Garden Scene”, realizado por Louis Le Prince, em 1888, foi reconvertido numa longa metragem de alta resolução e partilhado, posteriormente, no Youtube.
“Em 1888, quando o Brasil assinava a Lei Áurea, a Torre Eiffel era construída e o ‘serial killer’ Jack, o Estripador estava à solta nas ruas de Londres, o inventor francês Louis Le Prince gravava num jardim o “Roundhay Garden Scene”, que é considerado o filme mais antigo da história… Mal imaginava que, 132 anos depois, o seu vídeo, de 20 frames seria convertido num vídeo com 250 frames e, ainda por cima, em alta resolução”, constata a publicação brasileira Galileu.
O autor deste feito é o polaco Denis Shiryaev, um apaixonado por inteligência artificial. Quando pegou no projeto, o jovem tinha apenas uma única imagem, com os 20 frames de “Roundhay Garden Scene”, que fazem parte de uma coleção do Museu da Ciência de Londres, no Reino Unido. Conta a revista, que Denis separou cada um dos frames em diferentes fotos, alinhando-os com a ajuda de algoritmos e corrigindo a luminosidade de cada um deles. Depois, adicionou um pouco de cor e usou uma rede neural artificial para criar novos frames, o que deu ao vídeo movimentos mais fluidos. Para deixar o filme ainda mais moderno, o polaco colocou também som ambiente de um jardim e colocou os rostos das pessoas mais nítidos.
O processo, assim como o vídeo, estão disponíveis para visualizar no canal de Denis no Youtube. No mesmo canal, o polaco reúne outras reconversões de filmes antigos.
Denis Shiryaev é diretor de produto de uma empresa especializada neste tipo de trabalhos, a Neural.love.
Já Louis Le Prince é considerado um dos pioneiros do cinema. Além do “Roundhay Garden Scene”, o francês também filmou “Traffic Crossing Leeds Bridge”, “Accordion Player” e “Man Walking Around A Corner” e tudo com uma câmara de lente única e filme de papel.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes