Uma experiência mostra que o risco que um investidor pode decidir correr pode estar relacionado com as suas escolhas musicais.
É possível saber o quanto um investidor pode estar mais ou menos propenso a arriscar a partir das músicas que essa pessoa ouve no momento prévio à tomada de decisões de investimentos. Quem o diz é o Robô Ringo.
Um algoritmo desenvolvido por estudantes de engenharia venceu o Desafio Itaú Asset Quantamental, no Brasil, para novas tecnologias aplicadas a gestão de fundos quantitativos.
Os estudantes desenvolveram o Robô Ringo, nome inspirado no baterista Ringo Starr, dos Beatles, que correlaciona a aversão a risco dos investidores ao grau de valência (métrica de ânimo, humor ou sentimento) de músicas ouvidas por uma grande amostra de pessoas, numa compilação de dados obtidos através do Spotify.
A equipa baseou o seu projeto num documento académico intitulado “Music Sentiment and Stock Returns Around the World”, cujo foco é estabelecer a correlação entre a valência das 200 músicas mais ouvidas no Spotify, num determinado intervalo de tempo, com alterações no valor de ativos em bolsa.
O grupo tentou descobrir o impacto dos sentimentos das pessoas na Bolsa de Valores de Nova York. Para isso, utilizou a medida de positividade das músicas mais tocadas no Spotify, em cada período, e avaliaram sua relação com a bolsa, utilizando como parâmetro o índice de volatilidade conhecido como “termómetro do medo”, no mercado. Com a ferramenta, perceberam ser possível observar e aproveitar tendências de ações com base no sentimento médio das pessoas.
Fonte: Valor-Investe
Liliana Teixeira Lopes