A pintura feita inicialmente na Cisjordânia reapareceu numa galeria em Israel e provocou o debate sobre a legalidade de remover objetos de terras ocupadas.
A obra de arte “Slingshot Rat” do famoso e misterioso autor Banksy, originalmente pintada para protestar contra a barreira de separação de Israel na Cisjordânia, reapareceu numa galeria em Tel Aviv, provocando debate sobre o papel da arte pública e a legalidade de remover objetos culturais de terras ocupadas.
Esta peça foi originalmente pintada num bloco de cimento em Belém ao lado de uma secção do muro em 2007. Algum tempo depois, a pintura foi escurecida e grafitada com as palavras “RIP Banksy Rat” (Descansa em paz rato do Banksy), e acabou recortada e removida por pessoas desconhecidas.
Segundo o jornal The Guardian, a pintura foi comprada pelo negociante de arte Koby Abergel a palestinos que a tinham em residências particulares até ao início deste ano.
De acordo com a Convenção de Haia de 1954 que rege os bens culturais de que Israel é signatário, as potências ocupantes devem impedir a remoção de bens culturais dos territórios ocupados, o que não aconteceu neste caso.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes