O Governo português, em parceria com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, lançou este programa que pretende dar a conhecer autores da diáspora e aprofundar o conhecimento sobre as comunidades portuguesas.

A iniciativa decorre no âmbito de um protocolo assinado na segunda-feira, em Lisboa, pela secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e pelo diretor de Edições e Cultura da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Duarte Azinheira.

O protocolo prevê a existência, em papel e digital, de três linhas editoriais: uma coleção de estudos e documentos sobre a diáspora, outra de textos e obras de criadores das comunidades e uma terceira centrada na política externa portuguesa.

De acordo com a secretária de Estado, Berta Nunes, em declarações à agência Lusa, “temos vários escritores que vivem nas comunidades portuguesas que têm dificuldade em publicar em Portugal e em língua portuguesa e que publicam na língua dos países onde vivem”.

Por isso, prosseguiu Berta Nunes, o que se pretende com este protocolo é dar oportunidade a esses escritores de publicarem em português e em Portugal, tornando-se conhecidos do público nacional.

No âmbito do mesmo programa, a linha editorial para estudos e documentos sobre a diáspora, destina-se a investigadores residentes em Portugal ou nas comunidades que elaborem estudos sobre as comunidades portuguesas.

As propostas das obras e dos textos a editar estarão a cargo de um Conselho Editorial Independente, liderado pelo embaixador Castro Mendes, e que conta com o escritor Onésimo Teotónio Almeida, o académico Ivo Castro e a investigadora Margarida Calafate Ribeiro.

O projeto será financiado ao abrigo do plano de responsabilidade social e cultural da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, o que vai permitir o acesso livre do público às obras editadas.

As linhas editoriais agora lançadas integram o plano de ação cultural para as comunidades portuguesas, de que já faz parte o Prémio Literário Ferreira de Castro, e que no futuro pretende criar uma rede de espaços museológicos da emigração e promover a digitalização dos acervos dos Gabinetes de Leitura e Grémios Literários portugueses no Brasil.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes