Morreu o lendário músico e produtor.

O produtor musical e compositor Quincy Jones morreu no domingo à noite, aos 91 anos, disse hoje o assessor do artista.

De acordo com o seu assessor, Arnold Robinson, Jones morreu na sua casa, no bairro de Bel Air, em Los Angeles, rodeado pela família.

Jones foi um dos primeiros executivos negros a prosperar em Hollywood e a acumular um extraordinário catálogo musical que inclui alguns dos momentos mais ricos da música norte-americana.

Entre um vasto legado, incluindo a colaboração com Frank Sinatra, Ray Charles, Miles Davies e centenas de outros artistas, enquanto produtor, a sua carreira é indissociável de Michael Jackson nos três álbuns que são considerados o auge da carreira do cantor: “Off the Wall”, “Thriller” e “Bad”.

No seu vasto legado conta-se também a composição de bandas sonoras premiadas para cinema e televisão e a produção de “We Are the World”, canção composta por Michael Jackson e Lionel Richie, lançada em 1985 e que tinha como objetivo arrecadar fundos para o combate à fome e as doenças em África. Tornou-se um fenómeno global e a sua gravação foi alvo de um documentário para a Netflix.

No cinema, foi nomeado sete vezes para os Óscares, incluindo a primeira vez para um compositor negro na categoria de Melhor Canção pelo tema “The Eyes Of Love”, do filme “Um Homem em Leilão” (1967).

A lista de créditos inclui filmes como o Óscar de Melhor Filme “No Calor da Noite” (1967), “A Sangue Frio” (1967), “Um Golpe em Itália” (1969), “O Dossier Anderson” (1971), “Tiro de Escape” (1972), “Get Rich or Die Tryin’ – Vencer ou Morrer” (2005) e as duas versões de “A Cor Púrpura” (1985 e 2023).

A 12 de junho, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou Jones como um dos contemplados com o Óscar honorário na 15ª cerimónia dos Governors Awards, marcada para 17 de novembro em Los Angeles.

Numa entrevista à revista GQ em 2018, causou polémica ao afirmar que tinha 22 companheiras em todo o mundo, falava 26 línguas e fez um tratamento na Suécia que lhe permitiria viver até aos 110 anos.

… Mas afinal não.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes