O documentário sobre o recentemente desaparecido quincy Jones é de 2018, ma está disponível na Netflix.

Liliana Teixeira Lopes

O lendário músico e produtor Quincy Jones morreu no passado dia 3 de novembro. E isso, fez-me recordar um documentário lançado em 2018, pela Netflix: “Quincy”.

Este documentário “Quincy” traça o perfil de Quincy Jones, oferecendo acesso inédito à sua vida privada e às histórias da sua incomparável carreira.

É um retrato íntimo realizado pela sua filha Rashida Jones e por Alan Hicks.

O documentário teve exibição especial no Festival de Cinema de Toronto antes de estrear no streaming, e, no ano seguinte, venceu mesmo o Grammy de melhor filme de música.

“Quincy”, faz uma retrospetiva da vida pessoal e da carreira intercalando imagens de arquivos e depoimentos do próprio Quincy Jones e de pessoas que estiveram intimamente ligadas a ele.

O documentário mostra Jones e sua luta para sobreviver como músico nos Estados Unidos pós-depressão económica. Surpreendendo o público, Quincy conta que seu sonho de criança era tornar-se gangster. Mas ao ver um piano pela primeira vez, decidiu seguir música e começou a tocar trompete na escola. Aos 14 anos, conheceu Ray Charles e tornaram-se parceiros e amigos. Para isso contribuiu também ter-se mudado, aos 11 anos, do sul de Chicago para Washington.

Retrata também os bastidores da inauguração do Museu Nacional História e Cultura Afro-Americana, para o qual foi convidado, em 2016, a produzir um mega-espetáculo para a televisão. Paul McCartney, Lionel Richie, Nelson Mandela, Count Basie, Stevie Wonder, Dizzy Gillespie e Barack Obama são alguns rostos que aparecem logo nos primeiros minutos do documentário.

Conta também o terremoto cultural que foi a sua relação com Michael Jackson ao lançar a carreira solo do jovem artista, uma colaboração musical que produziu “Thriller” e mudou o pop para sempre. Enquanto produtor, é indissociável de Michael Jackson nos três álbuns que são considerados o auge da carreira do cantor: “Off the Wall”, “Thriller” e “Bad”.

“Quincy” mostra também episódios dramáticos que o levaram a uma luta pela vida, depois de um aneurisma cerebral e de um AVC.

“Quincy” é ainda uma declaração de amor de uma filha ao seu pai. E pode ser visto na Netflix.