Representantes de instituições culturais europeias instaram os deputados do Parlamento Europeu a tomarem medidas pela defesa da liberdade artística.

Mais de 200 representantes de quase 190 instituições culturais de 39 países europeus instaram no sábado os deputados do Parlamento Europeu a tomarem medidas concretas pela defesa da liberdade artística, que consideram ameaçada por movimentos nacionalistas, defensores de iniciativas de ultradireita.

Na carta aberta “Resistência Agora: Cultura Livre”, citada pela agência Lusa e publicada no sábado em vários meios europeus de comunicação social, as instituições afirmam estar “alarmadas com os atuais desenvolvimentos na política cultural em vários Estados-membros da União Europeia”.

A Convenção Europeia de Teatro, a plataforma Prospero, a rede Opera Europa, o Festival de Viena e a Associação Europeia de Festivais estão entre os signatários. Em Portugal, são seis as instituições culturais que se juntaram ao apelo internacional: o Teatro Nacional D. Maria II, o Centro Cultural de Belém, o São Luiz Teatro Municipal, o Teatro do Bairro Alto, a BoCA – Biennial of Contemporary Arts e o Teatro do Noroeste.

As instituições consideram que “onde deixa de haver uma cultura aberta, apartidária e transfronteiriça, acabará também por desaparecer o próprio projeto europeu de unificação e de paz”.

Manifestando-se solidários com os artistas “que foram despedidos ou impedidos de realizarem o seu trabalho”, e com as instituições culturais “encerradas ou ameaçadas de encerramento”, os signatários da carta pedem aos deputados do Parlamento Europeu que falem “sobre a grave ameaça a uma política cultural europeia consistente” e “sobre os ataques, proibições, despedimentos e cortes em cada Estado-membro”.

A par desta carta aberta, está disponível uma petição pública.

https://www.europeantheatre.eu/news/sign-the-open-letter-resistance-now-free-culture

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes