A série vai na terceira temporada e faz parte do catálogo da HBO Portugal.
Liliana Teixeira Lopes
“True Detective” é uma série em que cada temporada conta uma história diferente com personagens diferentes, cuja a única relação (até agora) era acompanharmos uma investigação que é retomada anos mais tarde, depois de ter ficado por resolver na altura em que o caso se deu.
Além de isso, há ainda uma questão comum a todas: os protagonistas tentam sempre redimir-se dos erros que cometeram no passado, na investigação inicial que ficou por resolver.
Mas há desta vez, algumas pequenas diferenças. Enquanto que nas temporadas anteriores de “True Detective”, as histórias eram contadas em duas épocas diferentes, nesta terceira, saltitamos entre três épocas: o caso inicial nos anos 80, dez anos mais tarde na década de 90 e em 2015.
Mas existem ainda mais algumas coisas que ligam as temporadas, mas que devem descobrir quando virem a série.
Quanto ao enredo…
Na primeira temporada, a história decorria no sul dos Estados Unidos, numa zona rural, muito dada ao misticismo e cheia de pó, árida e pobre.
Era protagonizada pelos produtores da série Woody Harrelson e Matthew MacConaughey.
Na segunda temporada, com um elenco e um história completamente diferentes da primeira, liderado por Colin Farrell e Vince Vaughn, somos levados até à Califórnia. Mas não a Califórnia das praias e do cinema. A uma Califórnia vivida pelas massas, em bairros pobres, áridos, dos casinos e bares, dos negócios escuros que se disfarçam de negócios legítimos imobiliários e de construção.
O ambiente é muito bem aproveitado na forma como é filmado.
Nesta terceira temporada de “True Detective” regressamos às origens da série lançada em 2014 por Nic Pizzolatto e Cary Fukunaga.
Dois detetives, Wayne Hays e Roland West (interpretados por Mahershala Ali e Stephen Dorff) têm de lidar com um caso do desaparecimento de duas crianças em 1980 no Arkansas, surgindo Hays novamente em 1990 a fazer um depoimento sobre os eventos, e já nos tempos correntes, onde envelhecido e com demência, dá uma entrevista a uma equipa de televisão de um programa chamado “True Criminal”.