O filme-concerto “histórico” está de volta às salas em agosto.
Liliana Teixeira Lopes
O filme-concerto dos Talking Heads “Stop Making Sense”, dirigido pelo realizador Jonathan Demme, regressa aos cinemas em agosto, 40 anos depois da estreia, acompanhado de uma edição integral da banda sonora.
É assim o teaser da versão remasterizada do filme-concerto “Stop Making Sense”. David Byrne levanta o icónico fato tamanho gigante da lavandaria onde o terá deixado a limpar há 40 anos.
O lançamento do filme acontece no dia 18 de agosto, segundo a editora Rhino, a par da edição da banda sonora em formato digital e de uma edição limitada em duplo LP que incluem, pela primeira vez, a totalidade do concerto, com duas canções nunca incluídas nas anteriores versões áudio: “Cities” e “Big Business / I Zimbra”.
A edição em vinil inclui ainda um livro de 28 páginas com fotografias inéditas e anotações dos quatro Talking Heads: Tina Weymouth, David Byrne, Chris Frantz e Jerry Harrison.
O filme chega aos cinemas em cópia digital restaurada, através da nova-iorquina A24, a produtora-distribuidora independente de Daniel Katz e David Fenkel, responsável pelo filme vencedor dos Óscares deste ano, “Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo”. A nova edição do álbum beneficia igualmente de uma nova mistura “Dolby Atmos”.
“Stop Making Sense” surgiu de uma proposta feita pelo realizador Jonathan Demme (1944-2017) aos Talking Heads, depois de ter assistido a um concerto da digressão do álbum anterior da banda de Nova Iorque, “Speaking in Tongues”, editado no início do verão de 1983.
Depois da proposta ter sido aceite, o trabalho em conjunto acabava por se desenvolver nos meses seguintes, dando então origem aos três concertos de dezembro desse ano, no Pantages Theater, em Hollywood, que forneceram o material de base ao filme de Demme.
O filme-concerto teve estreia nas salas de cinema em setembro de 1984. Venceu o grande prémio do Festival de Gent, na Bélgica, em 1985, e o prémio de melhor documentário da Associação de Críticos norte-americanos, no mesmo ano. A banda sonora vendeu mais de dois milhões de cópias, segundo a Warner Portugal, que representa a Rhino no mercado nacional.
No ano passado, “Stop Making Sense” entrou no Arquivo Cinematográfico Nacional da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, pela sua “importância cultural, histórica e estética”.