O filme do israelita Nadav Lapid, venceu o prémio máximo da 69ª edição do Festival de Cinema de Berlim.
O filme “Synonymes”, do israelita Nadav Lapid, venceu o Urso de Ouro da 69ª edição do Festival de Cinema de Berlim, que terminou no domingo. O júri, presidido pela atriz francesa Juliette Binoche, decidiu atribuir a distinção máxima do festival ao filme que conta a história de um jovem israelita que rejeita o seu país e a sua língua, para viver em Paris.
O Prémio Especial do júri foi para “Grâce a Dieu”, do francês François Ozon, que denuncia no filme o silêncio com que a igreja católica oculta os casos de pedofilia no seu seio e baseia a história num caso real ocorrido em França.
Os prémios para melhor interpretação, masculina e feminina, distinguiram dois atores do filme “Di jiu tian chang”, do chinês Xiaoshuai Wang: os chieses Wang Jingchun e Yong Mei. No filme, sobre o impacto da política do filho único na China, interpretam um casal marcado pela perda de um filho, num filme que se passa entre as décadas de 1980 e de 2010.
A alemã Angela Schanelec recebeu o Urso de Prata para melhor realização por “Ich war zuhause, aber”.
“Os meninos da Camorra”, de Claudio Giovannesi, baseada no livro homónimo do jornalista italiano Roberto Saviano, foi distinguido com o prémio de melhor argumento.
O Urso de Ouro de melhor curta-metragem foi atribuído ao filme alemão “Umbra”, de Florian Fischer e Johannes Krell.
O Urso de Prata de melhor curta-metragem foi para “Blue Boy”, do argentino Manuel Abramovich.
A 69ª edição do Festival de Cinema de Berlim é a última sob direção de Dieter Kosslick, que abandona o cargo ao fim de 18 anos e a quem foi feita uma ovação no início da cerimónia de entrega dos prémios.
Portugueses em Berlim
No programa paralelo do festival foram exibidos “A portuguesa”, de Rita Azevedo Gomes, e “Serpentário”, a primeira longa-metragem de Carlos Conceição.
No programa paralelo Forum, no Forum Expanded, foram exibidas as produções portuguesas “Fordlandia Malaise”, de Susana Sousa Dias, e “A Story from Africa”, de Billy Woodberry.
No European Film Market, um mercado de cinema e audiovisual que acontece durante o festival, foi exibida a série de televisão portuguesa “Sul”, realizada por Ivo M. Ferreira, que se estreia em setembro na RTP.
Além disso, o projeto “Aurora”, de João Vieira Torres, foi exibido no DOC Station do programa paralelo Berlinale Talents, no qual participaram também a distribuidora e programadora Susana Santos Rodrigues, o ator Mauro Soares e o realizador Gonçalo Almeida.
https://www.berlinale.de/en/HomePage.html
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes