Portugal e Cabo-Verde assinaram na quarta-feira, 19 de fevereiro, na capital portuguesa, um acordo para levar a candidatura à UNESCO.
Os governos de Portugal e de Cabo Verde acertaram, em Lisboa, os detalhes da cooperação técnica portuguesa à candidatura do antigo Campo de Concentração do Tarrafal a Património da Humanidade, que avança em 2021.
O anúncio foi feito na noite do dia 19 de fevereiro (quarta-feira) numa mensagem colocada pelo ministro da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente, na sua conta oficial na rede Facebook, juntamente com uma fotografia em que surge ao lado da ministra da Cultura de Portugal, Graça Fonseca.
O governante acrescentou que este acordo será formalizado em 1 de maio próximo, no Tarrafal, ilha de Santiago, e que o dossier técnico da candidatura será entregue à UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2021.
Situado na localidade de Chão Bom, o antigo Campo de Concentração do Tarrafal foi construído no ano de 1936 e recebeu os primeiros 152 presos políticos a 29 de outubro do mesmo ano, tendo funcionado até 1956.
Reabriu em 1962, com o nome de Campo de Trabalho de Chão Bom, destinado a encarcerar os anticolonialistas de Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Após a sua desativação, o complexo funcionou como centro de instrução militar e desde 2000 alberga o Museu da Resistência.
O levantamento para o concurso público da empreitada de reabilitação da estrutura, recentemente lançada pelo IPC, refere que o espaço ficou “gravado na memória” dos portugueses, angolanos, guineenses e cabo-verdianos como o “campo da morte lenta” ou “da morte”.
O espaço foi classificado Património Cultural Nacional a 14 de agosto de 2006, e desde 2004 que integra a lista indicativa de Cabo Verde a património da UNESCO.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes