O património e documentação histórica daquela sala de espetáculos vai ser estudada pela Universidade Nova de Lisboa.
O polo História, Territórios e Comunidades, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova, vai “inventariar e estudar as coleções patrimoniais e a documentação histórica” do Teatro Nacional de São Carlos.
O projeto a três anos prevê ainda a recolha de “testemunhos e memórias” do teatro lírico português, pelos investigadores daquele polo do Centro de Ecologia Funcional – Ciência para as Pessoas e o Planeta, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, de acordo com um protocolo assinado entre este departamento da Universidade Nova de Lisboa e o Opart – Organismo de Produção Artística, que gere o Teatro Nacional de São Carlos, o seu coro, assim como a Orquestra Sinfónica Portuguesa.
O protocolo tem a duração de três anos e prevê a divulgação da história do Teatro Nacional de São Carlos em conteúdos digitais e online “na forma de resumos históricos, biografias dos protagonistas, catalogação dos espetáculos e objetos”, entre outros formatos.
Inaugurado em 30 de julho de 1793, com uma récita de “La Ballerina Amante”, de Domenico Cimarosa, o Teatro Nacional de São Carlos resulta de um projeto do arquiteto José da Costa e Silva, inspirados nas linhas neoclássicas e de inspiração seiscentista italiana, nomeadamente no Teatro di San Carlo, de Nápoles, e no Scalla de Milão.
Concebido como teatro de corte, seduziu uma Lisboa burguesa, e revelou-se o primeiro exclusivamente vocacionado para a produção e apresentação de ópera e de música coral e sinfónica, no país. Passados mais de dois séculos, assim permanece.
Fonte: Lusa
Liliana Teixeira Lopes