Como é o “rock das aranhas” que pode ajudar até a melhorar impressoras 3D.
Um estudo do MIT que converte em música o som das teias é ensaio lúdico, mas abre possibilidades de uso em implantes, comunicações e engenharia. Um grupo de pesquisadores do prestigiado MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, está a produzir ciência a partir de música extraída das teias de aranhas.
A ideia foi do engenheiro Markus Buehler, professor e pesquisador no MIT. Ele sempre gostou de música. Então, pensou em fazer um scan de uma teia de aranha com um laser e, graças a algoritmos de computador, criou um modelo tridimensional e acabou por traduzi-la em sons. A cada fio da teia foi atribuída uma frequência sonora. Isso resultou em notas musicais que, combinadas, geraram melodias. Um verdadeiro rock das aranhas – mas similar ao som de harpas e sinos, numa mistura entre o místico e o sinistro. A execução da música aracnídea é feita a partir de uma “leitura” sonora de toda a complexidade dessa estrutura. Alguns exemplos dos sons extraídos podem ser conferidos no canal que o pesquisador mantém no YouTube.
Apesar de parecer uma brincadeira, o estudo sobre as teias de aranha, apresentado recentemente em congresso da Sociedade Americana de Química, pode trazer desdobramentos para uma ampla rede de pesquisas: da melhor compreensão de características de diversas espécies de aracnídeos até o desenvolvimento de impressoras 3D.
Por outro lado, o estudo do MIT, além de lúdico, traz uma possibilidade nova: por meio dessa “tradução” sonora, pesquisadores da área ganham uma outra maneira de aprofundar os conhecimentos sobre as propriedades das sedas produzidas pelos aracnídeos.
Liliana Teixeira Lopes