A série estreou-se no início de setembro em exclusivo na plataforma de streaming.
Liliana Teixeira Lopes
Numa altura em que o tema da crise da habitação está muito presente na sociedade portuguesa, a plataforma Filmin estreou esta “The Architect”, que recebeu o prémio de Melhor Série no Festival de Berlim. A protagonista é uma jovem arquiteta que vive numa garagem.
Descrita como uma sátira lúcida e negra sobre um futuro demasiado próximo, algures entre “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley e o “The World of Interiors” (uma revista de decoração do género “Casa Cláudia”, editada em Portugal durante mais de 30 anos), esta produção da Noruega com quatro episódios é uma obra distópica onde uma arquiteta é obrigada a viver numa garagem por causa do aumento dos preço da habitação.
“Num futuro não muito distante, no centro de Oslo, os preços da habitação atingiram níveis grotescos, mas o colapso que todos esperam ainda não chegou. Isto porque os senhorios estão constantemente a encontrar soluções criativas para amontoar o maior número possível de pessoas num só apartamento, e os direitos dos inquilinos foram severamente restringidos…”, descreve a sinopse original da série de comédia.
Neste contexto, “Julie (interpretada por Eili Harboe) é arquiteta. Tem sorte porque está a trabalhar para um gabinete de arquitetura de renome, mesmo que seja apenas como estagiária a servir cafés.
Quando um grande projeto para construir mil apartamentos no centro de Oslo é posto a concurso, ela tem uma ideia: porque não converter os parques de estacionamento subterrâneos que estão vazios no centro da cidade sem carros em edifícios residenciais? Uma solução sustentável, baseada nas necessidades, que permitiria poupar recursos. Naturalmente, não há janelas nestes apartamentos, mas isso é, de facto, uma vantagem, dado o elevado preço do vidro. Além disso, em Berlim, diz-se que já há mais pessoas a viver no subsolo do que em cima”.
“The Architect” já está disponível na Filmin.