O álbum “The Blueprint” de Jay-Z vai ser devidamente arquivado na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América. O sexto álbum do rapper nova-iorquino passa assim a integrar aquela que é uma das colecções mais relevantes de peças de media na cultura contemporânea. Assim, o longa-duração junta-se às mais de cinco centenas de gravações na lista da National Recording Registry, que garante a preservação destes registos de sobre importância cultural, histórica ou estética, e que informem ou reflitam sobre a vida naquele país.
“The Blueprint” é o mais recente disco de sempre – sendo o primeiro lançado no século XXI – a chegar à colecção do Biblioteca do Congresso, e é também um dos poucos registos ligados ao hip-hop que teve direito a tais graças. Junta-se, assim, a um grupo ainda mais restrito, onde estão “The Revolution Will Not Be Televised” de Gil Scott-Heron, “Rappers Delight” de Sugarhill Gang, “Dear Mama” de 2Pac, “3 Feet High and Rising” dos De La Soul, “Straight Outta Compton” de NWA, “The Miseducation of Lauryn Hill” de Lauryn Hill, e “Raising Hell” dos Run DMC.
Jay-Z editou “The Blueprint” a 11 de Setembro de 2001, e vendeu quase meio milhão de cópias na semana de lançamento, apesar do ataque às torres gémeas. Caracterizado por uma produção muito centrada na força dos samples de soul clássico, o álbum acabaria por estabelecer Just Blaze e Kanye West como produtores de topo na cena hip-hop.
Além de “The Blueprint” de Jay-Z, entrarão na National Recording Registry este ano mais 24 obras sonoras, incluindo o discurso de Robert F. Kennedy depois do assassinato de Martin Luther King Jr., “Superfly” de Curtis Mayfield, “Mississippi Goddam” de Nina Simone e “September” de Earth, Wind & Fire.
João Barros