Faleceu esta Quinta Feira, aos 79 anos, aquele que é considerado a alma do afrobeat.
O nigeriano faleceu num hospital de Paris. Eric Trosset, seu agente, explicou à agência de notícias AFP que a causa da morte ainda não é sabida, mas afastada está a hipótese do coronavírus.
Tony Allen foi percussionista e director musical de Fela Kuti durante mais de 25 anos. Ao seu lado editou dezenas de álbuns e trabalhou uma fusão entre o jazz, o funk, o highlife e outros géneros locais, principalmente da África ocidental — uma mistura que o mundo conhece como afrobeat.
Allen, que diz ter aprendido a sua técnica ao ouvir mestres americanos como Art Blakey ou Max Roach, emigrou para Londres em 1984 e morava agora próximo de Paris.
Brian Eno fala dele como “o maior baterista que alguma vez viveu” — e conta-se que Fela Kuti terá necessitado de quatro músicos diferentes para preencher o vazio deixado aquando da sua saída do grupo Africa ’70, em 1979.
Recentemente, nos Essenciais da Oxigénio, destacámos “Rejoice”, um álbum que recupera gravações de um encontro entre Tony Allen e o trompetista Hugh Masekele, em 2010.
João Barros